“as formas das letras compondo palavras e a superfície bidimensional da página — se transferem para um esquema integrador que prenuncia nova espaciotemporalidade. Seus autores agiram com base na constatação de que existe um espaço sobre o qual (ou no qual) são dispostas as letras e as palavras, e que esse espaço-página, antes apenas suporte— uma passividade, neutra e silenciosamente receptiva — poderia também dizer e significar alguma coisa, de modo muito direto. Como formularam os nossos poetas concretos: “interpenetração orgânica de tempo e espaço”.

Texto de Roberto Pontual

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